ALMA EM DESALINHO
 
 
A vida passa, o tempo é curto e eu preciso
reordenar a minha  alma em desalinho,
que se guardou na escuridão do escaninho,
recalcitrando, todo o tempo, em desaviso.
 
Eu já me vi perdida pelos descaminhos,
desarvorada, buscando a paz de meu siso.
Conquanto seja o destino, impreciso,
hei de encontrar a segurança de um ninho.
 
Hesitante, entre o júbilo e a tristeza,
entre a escuridão da noite e a clareza
de meus sentidos que, por vezes, se revela...
 
Cala-se a dor que me fere profundamente,
porque ninguém há de sofrer impunemente,
enquanto o sol não postar-se em sua janela!
 
 
(Milla Barbosa Pereira)


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Tenham uma ótima quarta-feira!