Soneto 267: Canto ao meu amado! – Canto V
Ternuras em tais flores, um xodó!
São dores que eu sinto, qual é verdade.
Não minto, tamanha a tua saudade...
Sem ré, nem dó, meu canto já é tão só!
Inté acabo sofrendo tal maldade,
qual dói, tão aqui dentro, dá até dó...
Se choro por ti, em mim, dá sim um nó...
Corrói os nossos dias, contra essa vontade!
Assim vivemos tais cumplicidades,
que nunca mais revele o nosso caso
de amor, sem jamais nem vir a saber...
São dúvidas, já não cabem conter...
Tais juras de meu amor ao acaso...
Vai, atura meus queixumes, ó vaidade!
© SOL Figueiredo
07/08/2012 – às 13:50h