FLOR EFÊMERA
Quem viu padecer esta face doce,
Implorou ao santo Deus, chorou
De desespero, angustia orou,orou,
Para que rumo à sombra, não fosse.
Orou, orou, mas morte com negra foice,
O corpo jovem, debilitado tocou,
E na estreita luz de seu ser ,a sombra ecoou,
Deixando a face doce ainda mais doce.
Quem não sofreu ao vê-la vagarosamente falir,
Ó linda flor efêmera que deixou de existir?
Será há depois da longa viagem uma macia cama?
Será que há a sua espera um pai santo?
"Não!Se houvesse não calaria seu canto,
Não ocultaria esta face doce na frieza da lama".