FLOR EFÊMERA

Quem viu padecer esta face doce,

Implorou ao santo Deus, chorou

De desespero, angustia orou,orou,

Para que rumo à sombra, não fosse.

Orou, orou, mas morte com negra foice,

O corpo jovem, debilitado tocou,

E na estreita luz de seu ser ,a sombra ecoou,

Deixando a face doce ainda mais doce.

Quem não sofreu ao vê-la vagarosamente falir,

Ó linda flor efêmera que deixou de existir?

Será há depois da longa viagem uma macia cama?

Será que há a sua espera um pai santo?

"Não!Se houvesse não calaria seu canto,

Não ocultaria esta face doce na frieza da lama".

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 07/08/2012
Código do texto: T3817885
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