Súplica (6)
Silêncio, meu amor, não digas nada,
mantém os lábios teus silentes, mudos,
cerrados, firmes, feito dois escudos,
lembrar me fere mais que fina espada;
no céu de nossa vida é madrugada
(e sem estrelas sobre anis veludos)
os nossos fados, foram tão sanhudos,
que cada qual seguiu a própria estrada.
Lembrar, também, me dói demais, tortura,
e evoca, dentro em mim, veraz ternura,
voraz saudade, enfim, melancolia.
Deixemos o passado no passado,
distante, bem distante, amortalhado,
nas sendas, insondáveis, da poesia.
Brasília, 5 de Agosto de 2012.
Seivas d'alma, pág. 112
Silêncio, meu amor, não digas nada,
mantém os lábios teus silentes, mudos,
cerrados, firmes, feito dois escudos,
lembrar me fere mais que fina espada;
no céu de nossa vida é madrugada
(e sem estrelas sobre anis veludos)
os nossos fados, foram tão sanhudos,
que cada qual seguiu a própria estrada.
Lembrar, também, me dói demais, tortura,
e evoca, dentro em mim, veraz ternura,
voraz saudade, enfim, melancolia.
Deixemos o passado no passado,
distante, bem distante, amortalhado,
nas sendas, insondáveis, da poesia.
Brasília, 5 de Agosto de 2012.
Seivas d'alma, pág. 112