FLUX DE POINCARÉ

Qual desse número puro

Sangrando a gens pitagórica;

Salivação de retórica,

Ou platonismo obscuro?

Pulsa a forma meteórica

Transtornada no apuro,

Mas tempera-se no escuro

Da aramação alegórica?

Que no teu símbolo existe

Como sombra e correnteza

D’outro lume que persiste.

Se deseja o matemático

Ver a flor da natureza

Marchetada no hierático.