Tesouro
 
Tesouro que ninguém garimpa, explora,
é o céu, com mil diamantes estelares,
constelações sem fim, a bela Antares,
a Estrela Dalva, quando raia a aurora;
 
a lua que, andejando espaço afora,
usando, muitas vezes, seus colares,
asperge argênteos fios pelos ares,
e veste véu de nuvens, se o céu chora.
 
Tesouro: mil estrelas rutilantes,
a lua com seus véus, também, turbantes
que, no sidéreo espaço, vai e vem.
 
O manto azul de anil – esse tesouro –
que não se compra, não, com dólar, ouro,
é bem de todos nós, e de ninguém.
 
Brasília, 3 de Agosto de 2012.
Livro: Sonetos Diversos, pg. 60
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 03/08/2012
Reeditado em 20/08/2020
Código do texto: T3811599
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