A PSICOSSOMÁTICA DA ESPERA

A PSICOSSOMÁTICA DA ESPERA

Os olhos naufragados na tristeza,

Cílios não conseguem a retenção,

Lágrimas soltas como a natureza,

Levando a enchente com desatenção.

O coração dando ritmo aos pulsos,

Vias aéreas trabalham descompassadas,

Choro descendo secado aos impulsos,

Contendo as águas quentes despejadas.

Suspiro fundo é maestro da dor,

E amigo dá o tom que a alma suporta,

Nesta música orquestrada em torpor,

Conduz os sons outra vez sem efeito,

Ao sentimento frustrado da espera,

Íntimo frágil vencido no peito.

Zastra
Enviado por Zastra em 03/08/2012
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