A PSICOSSOMÁTICA DA ESPERA
A PSICOSSOMÁTICA DA ESPERA
Os olhos naufragados na tristeza,
Cílios não conseguem a retenção,
Lágrimas soltas como a natureza,
Levando a enchente com desatenção.
O coração dando ritmo aos pulsos,
Vias aéreas trabalham descompassadas,
Choro descendo secado aos impulsos,
Contendo as águas quentes despejadas.
Suspiro fundo é maestro da dor,
E amigo dá o tom que a alma suporta,
Nesta música orquestrada em torpor,
Conduz os sons outra vez sem efeito,
Ao sentimento frustrado da espera,
Íntimo frágil vencido no peito.