Costurando nosso amor. (Reprodução)

Cerzindo o amor com pouca linha

Nos perdemos no fio da meada

Pouco pano pras mangas, não dá;

Amarrotado, nosso amor não se alinha.

Ponto sem nó e o botão pede casinha

Nossa esperança segue alfinetada,

Cá com meus botões não digo nada

Mas o laço desse amor quer uma folguinha.

Abri o fecho-éclair vou respirando,

Vejo as cores desse amor se desbotando;

Quem dera vestisse ao menos branco e preto...

Sem molde nosso amor não vai dar certo

E ao tentarmos costurá-lo sem alinhavo:

Na lapela desse amor, jamais um cravo.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 03/08/2012
Reeditado em 03/08/2012
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