O NOSSO QUARTO.soneto-191.

Cama simples de colchão de espuma,

E uma lâmpada em baixa claridade,

Vivendo cada noite como se fosse uma,

Um aconchegante ninho de felicidades.

Deitado sob a mesinha de cabeceira,

Ainda se encontra aquele porta retrato,

Um tanto amarelado e cheio de poeira,

A viva lembrança daquele amor ingrato.

Daqueles momentos de aparente amor,

As nódoas ainda subsistem em dissabor,

Em lembranças encardidas de tortura.

O coração que buscou apenas ser feliz,

Veio provar ingratidão que nunca quis,

O seu alívio é o medalha da amargura.

Cosme B Araujo.

01/08/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 01/08/2012
Reeditado em 01/08/2012
Código do texto: T3808808
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