Morrer

 
Morrer, enquanto estua em minha artéria o sangue...
Enquanto sou desejo... Enquanto sou vontade...
Enquanto a vida não me fez triste e covarde,
nem meu olhar tornou inexpressivo e langue...
 
Enquanto os meios busco p’ra alcançar um fim...
Enquanto tenho fé e não me falta o riso...
Enquanto, confiante, no terreno piso,
e, firme, não vacilo e sou senhor de mim...
 
Enquanto o meu olhar divisa os verdes campos!
Brilhando vê furtivos, louros pirilampos
a ziguezaguearem, transloucadamente!
 
Enquanto céus, montanhas, cordilheiras, rios
alegram meu viver e neles me extasio...
Enquanto o entristecer não mora em minha mente...

Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 01/08/2012
Código do texto: T3807915
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