LEITURA CURA
Não pode o haver deixado de existir
O ter deixado ser pro mal a cura.
Cura-se o mal com um gole de amargura,
Que suportá-la havê-la a vida há de.
Deixa que o bom e o mau cuidem de si,
À luz o bem, o mal na noite escura.
A cura há de haver na mais impura
Alma do mau que o bom pra ele ri.
Pra todo mal a cura existirá
Existirá pra todo mal a cura
Pra todo mal há cura, agora eu digo.
Versos inversos dois sentidos há.
É de questão sintática a leitura;
O “há” num verso é verbo; outro “a”, artigo.
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É claro que, noutras situações, "a" pode ser preposição.
Não pode o haver deixado de existir
O ter deixado ser pro mal a cura.
Cura-se o mal com um gole de amargura,
Que suportá-la havê-la a vida há de.
Deixa que o bom e o mau cuidem de si,
À luz o bem, o mal na noite escura.
A cura há de haver na mais impura
Alma do mau que o bom pra ele ri.
Pra todo mal a cura existirá
Existirá pra todo mal a cura
Pra todo mal há cura, agora eu digo.
Versos inversos dois sentidos há.
É de questão sintática a leitura;
O “há” num verso é verbo; outro “a”, artigo.
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É claro que, noutras situações, "a" pode ser preposição.