Atos de Escrita
De nariz erguido, sequencio a sagacidade; abrindo mão da petulância
Bendito é o fruto, das palavras, que me saem aos borbotões
Nelas presto reverência, aos queridos sempre em primeira instância
Sem me furtar a gritar os absurdos; sem limitar-me aos meus botões
Eis que o nobre sentimento, galopa nas estepes verdejantes do lirismo
Assim vou, na resolução do viver; priorizando sempre o valor do sentir
Pois, quem não percebe a união do luminoso; padece do astigmatismo
Fica fadado, ao decrépito transbordo, perde a passagem, só vê o partir
Tudo que é celeste, não sublima o que nos é pleno em grandeza
Compõe formosa tapeçaria, etéreo veludo, que expele a aspereza
Lei orgânica, que rege as percepções, é o estatuto de todo o poeta
Escrivaninha de um escriba, é a superfície, o intangível é a mente
Que projeta os áureos tons, banalizando o que é excludente
Findo assim, esse ato vernáculo persecutório, que lindamente me afeta