PERPÉTUA
A face que encaro tem traços finos,
E olhos invejados por diamantes,
São astros cravejados; fulgurantes,
Num rosto angelical e feminino.
Tua voz é de um timbre fascinante,
Que ecoa na alma, qual um hino,
As mãos que me tocam, têm meu destino,
Na eternidade de tal instante.
Eis que a tua sombra é a própria luz,
E tal formosura não cabe nos versos,
Pois, não sou poeta. Sou um menino.
Num embrulho, te darei o universo,
Porém, suplico o gesto que seduz:
Me olhe, com teu olhar cristalino.