AQUELE VELHO LIVRO DE DIREITO

Aquele velho livro de direito

Que tive a triste ideia de emprestar

Pro seu conhecimento ser perfeito

Dentro do esconderijo de seu lar

Surpreendeu-me mal, este seu jeito

Eu não sabia, cego por lhe amar

Ainda dói, se penso, no meu peito

Em qual direito achou-se de o queimar

Ah, estava velho, desatualizado

Pois o direito muda a cada dia

E nosso amor, também, mal-acabado

Ah, estava velho, e assim, queimou sem dramas

Contudo, havia nele uma poesia

De velho clássico, morto, assim, nas chamas