Louco

Cinzas, faíscas do pouco.

Do restolho bagaço de acalanto

No jazigo da alma o pranto

Dura o absinto louco

Esvaído de si, rouco.

O eco sofismado no canto

Não contido amainado do tanto

Que na vastidão apraz mouco

Cacos, dos retratos estilhaços.

Retalhos rasgados de mim

Ao cruciante amor execrado

Campeio até os pedaços

Não acho razão, acresce o fim.

Tudo volvendo, em volta calado.

Naldo Martins
Enviado por Naldo Martins em 30/07/2012
Reeditado em 30/07/2012
Código do texto: T3804217
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