À espera da sorte.
Triste, meus olhos vão recolher
A paisagem de antes do nascer
Do Sol, que ilumina meu querer
Aquela que dorme em teus braços ser.
Por que tão longe de meu afago ficas?
Não, não quero outro homem, outra vida.
Quero a eternidade da existência que brinca
De morrer nos que a sentem como cilada.
Essa cilada não é feita por quem a sente
Nem por quem se sente, mas pelo sentimento.
É a eternidade que dura até a morte.
A tristeza que nos vêm à mente
Não passa de disfarce do momento
Em que mais gostamos de esperar a sorte.