VAGABUNDAGEM
Ninguém sabe das minhas madrugadas
Somente a lua, mas ela é amiga
Às vezes chuva, raios, trovoadas
E violões, conhaques e cantigas
Ninguém sabe de nada sobre nada
Sentindo-se seguros sob as vigas
Poucos nasceram na manhã enevoada
Dormiam todos nas noites antigas
Mas vi no firmamento das estrelas
Que às vezes umas caem, outras fogem
Tudo isso ocorre em minha via láctea
No botequim as musas eram belas
Vinham borradas de baratos rouges
E eu sonhava ser algum poeta