NÉVOA NO LAGO.
Névoa pairando no lúgubre do lago,
Cinza, espessa ao fim da sinuosa estrada,
Nas horas imparciais da madrugada,
Nublam as águas mansas carentes de afago.
Ao fundo a coruja tem canto triste,vago
Agourando à margem da lágrima nublada,
Impetuosa é a névoa na sua eterna estada,
Deixa a água doce com brutal amargo.
As águas claras, turvam deixam de serem espelhos,
Trazei-me, raios da estrela de braços vermelhos!
Para dissolver a expressão nevoenta,
E os pássaros hílares reflitam voos rasantes
Quando saírem das matas exuberantes
Até que venha a próxima névoa violenta.