NÉVOA NO LAGO.

Névoa pairando no lúgubre do lago,

Cinza, espessa ao fim da sinuosa estrada,

Nas horas imparciais da madrugada,

Nublam as águas mansas carentes de afago.

Ao fundo a coruja tem canto triste,vago

Agourando à margem da lágrima nublada,

Impetuosa é a névoa na sua eterna estada,

Deixa a água doce com brutal amargo.

As águas claras, turvam deixam de serem espelhos,

Trazei-me, raios da estrela de braços vermelhos!

Para dissolver a expressão nevoenta,

E os pássaros hílares reflitam voos rasantes

Quando saírem das matas exuberantes

Até que venha a próxima névoa violenta.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 29/07/2012
Reeditado em 03/02/2014
Código do texto: T3803079
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