Desilusão!

Há um jogo do avesso em meu espaço,

Nada faço, é falso mais que um terço,

Rezo um terço depois desço um passo,

Fumo um maço, deixo o stress em bagaço.

Pego régua e compasso, merco o apreço

Teu endereço esqueci, não mais peço,

Não vi progresso, não inventa um regresso,

Eu hoje valso descalço, estou possesso.

Nem a poesia quer mais teu chamego,

Todo dengo se foi na ingratidão

A ilusão de te amar não mais carrego,

Há um prego na parede em solidão.

No meu chão a tua foto é o tapete

Que piso, embora meu coração não aceite.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 29/07/2012
Reeditado em 20/02/2014
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