Desilusão!
Há um jogo do avesso em meu espaço,
Nada faço, é falso mais que um terço,
Rezo um terço depois desço um passo,
Fumo um maço, deixo o stress em bagaço.
Pego régua e compasso, merco o apreço
Teu endereço esqueci, não mais peço,
Não vi progresso, não inventa um regresso,
Eu hoje valso descalço, estou possesso.
Nem a poesia quer mais teu chamego,
Todo dengo se foi na ingratidão
A ilusão de te amar não mais carrego,
Há um prego na parede em solidão.
No meu chão a tua foto é o tapete
Que piso, embora meu coração não aceite.
JRPalácio