Lei de morte interfere na vida

Não há como esclarecer uma solidão

Trazida por um corpo inerte no leito

É estrela que se ofusca no coração

Entre o céu e terra rege o preceito.

É preciso que exista límpida visão

Dessa que despe e clareia o peito

É preciso que a alma voe em emoção

A boca não dite nenhum conceito.

Tempo de reflexão sem preconceito

É sucinto que da ruína brote o botão

Que ele arquitete assim do seu jeito.

A morte leva a vida aqui desse chão

Sua asa negra deixa lagrima: é feito

Desejos se desesperam na escuridão.

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 28/07/2012
Código do texto: T3802350
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