Cavalos pantaneiros
Edir Pina de Barros

São belos os cavalos pantaneiros
a trotar, lado a lado, com potrancas,
altivos, nas garupas garças brancas,
cortando espelhos d’água, tão faceiros.
 
Libertos, sem arreios sobre as ancas,
suados, exalando os próprios cheiros,
correndo em alagados sem barreiros
e beiras de ribeiros sem barrancas.
 
E correm no alagado das campinas,
a desviar de paus e de aguapés
com suas patas ágeis e traquinas.
 
Espantam as araras-canindés,
e seguem chacoalhando as belas crinas
por entre tuiuiús e jacarés.
 
Brasília, 28 de Julho de 2012.

Poesia das Águas, pg. 35

 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 28/07/2012
Reeditado em 16/07/2020
Código do texto: T3801026
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