COTIDIANO

À noite, os sonhos perambulam hirtos

Cada qual traz consigo, no bojo

Uma porção de incógnitas, e nem com nojo

Abrem os olhos para esses gritos!

A manhã não será dos aflitos

E, sim, daqueles que, com arrojo

Guardam suas angústias em estojo

E assassinam, aos poucos, os seus mitos!

A tarde traz do ocaso, o bom exemplo

E como todo homem brando, contemplo

A melhor poesia que Deus fez!

E através disso tudo me reciclo...

A noite baixa qual quem fecha um ciclo

E sonhos perambulam outra vez!...

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 27/07/2012
Reeditado em 22/08/2012
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