A molhada fantasia refletida.

O vento uiva lá fora como um lobo voraz,

Que olha apaixonado pela lua cheia

E vê um dragão desenhado nas crateras banais,

Mas imagina um cavaleiro quando é lua meia.

Mas como podem coexistir um dragão

E seu algoz a insistir na batalha?

E como pode o vento aparentar coração,

Se é o chacal que serve de mortalha?

O mistério da fantasia paira enluarado

Sobre o oceano imenso, onde, mergulhada,

A lua sobe e desce sob os olhares voltados.

Mas qual irá vencer nesta fantasia molhada?

O poeta se intromete e faz poesia com trabalho suado.

A imagem desvanece sob a luz ensolarada.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 27/07/2012
Código do texto: T3800759
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