A molhada fantasia refletida.
O vento uiva lá fora como um lobo voraz,
Que olha apaixonado pela lua cheia
E vê um dragão desenhado nas crateras banais,
Mas imagina um cavaleiro quando é lua meia.
Mas como podem coexistir um dragão
E seu algoz a insistir na batalha?
E como pode o vento aparentar coração,
Se é o chacal que serve de mortalha?
O mistério da fantasia paira enluarado
Sobre o oceano imenso, onde, mergulhada,
A lua sobe e desce sob os olhares voltados.
Mas qual irá vencer nesta fantasia molhada?
O poeta se intromete e faz poesia com trabalho suado.
A imagem desvanece sob a luz ensolarada.