SONETO À NOSSA JUSTIÇA
Pobres jurisdicionados em seus reveses!
Ingênuos advogados que (ainda) percorrem
Os caminhos da ideologia, e, se socorrem
Dos românticos juristas e suas teses!
Elas ( as teses) nada valem hoje. Morrem
À mingua de comezinhas exegeses
De “juízes” (assessores) sem anamneses
Das injustiças que das ( suas) mãos escorrem!
Cada um julga da forma que lhe vem na orelha,
Ao sabor dos ventos; o que lhe dá na telha,
Ou ( como em Roma) paro o plebeu ou Patrício!
A justiça é um trem sem percurso, sem itinerário
Certo. Por isto dele eu pulei antes do horário
Pois que o fim desta linha ( vi a tempo) é o hospício!
23.07.2012