SONETO À NOSSA JUSTIÇA

Pobres jurisdicionados em seus reveses!

Ingênuos advogados que (ainda) percorrem

Os caminhos da ideologia, e, se socorrem

Dos românticos juristas e suas teses!

Elas ( as teses) nada valem hoje. Morrem

À mingua de comezinhas exegeses

De “juízes” (assessores) sem anamneses

Das injustiças que das ( suas) mãos escorrem!

Cada um julga da forma que lhe vem na orelha,

Ao sabor dos ventos; o que lhe dá na telha,

Ou ( como em Roma) paro o plebeu ou Patrício!

A justiça é um trem sem percurso, sem itinerário

Certo. Por isto dele eu pulei antes do horário

Pois que o fim desta linha ( vi a tempo) é o hospício!

23.07.2012

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 24/07/2012
Código do texto: T3795085
Classificação de conteúdo: seguro