É bom demais!
Pra fazer-se soneto não é difícil
E torna-se um vício pra quem faz
Me apraz a sensação deste artifício
Não é suplício! Ah, fazê-lo é bom demais
E ademais não precisa estar no hospício.
Esse exercício meio louco sai num zás
Todo gás queima na mente, um epinício
Aos ofícios dos poetas... Universais.
Mais e mais se inventa e nele cabe
Não há quem acabe e tudo cabe num soneto.
Dois quartetos dois tercetos nesta sebe
Que embebe de ilusão cabeça e peito.
Sempre afeito às fronteiras do juízo
Aonde brotam os versos, de improviso...
Josérobertodecastropalacio