MORTE
É chegada a hora do descanso eterno
A vida amada esvai-se em grande dor.
Não adianta riqueza, poder, olhar fraterno
Nem tampouco beleza, luxo, raça ou cor.
É chagada a hora do descanso eterno
A matéria acaba sem nenhum pudor.
Triste de quem viveu para o inferno,
Feliz de quem viveu para o amor.
São tantos planos levados para o chão,
São tantos sonhos que viram ilusão,
Apenas a lembrança fica: boa ou ruim.
E nesse cruel mistério que é a morte
Ninguém jamais escapa do seu corte
Somente o espírito não tem fim.