FUNERAL BLUES
A cada dia sei que apodreço,
Definha minha carne lentamente,
Em pó os ossos vão-se de repente,
E pouco a pouco, tudo me esqueço.
Enruga-se a face s’adereço,
A graça, o viço, a força sutilmente,
Deixaram-me; e, deixou-me indiferente,
Sem pressa, sem presteza, sem apreço...
E mesmo a luz do sol, quando alumia,
E aquece o meu corpo por completo,
Prefiro a luz da lua, à noite fria...
Pois esta é a realidade que é mais pura;
Não resta nada mais – nem um afeto –,
E o que me aguarda agora e a sepultura...
06/06/12
A cada dia sei que apodreço,
Definha minha carne lentamente,
Em pó os ossos vão-se de repente,
E pouco a pouco, tudo me esqueço.
Enruga-se a face s’adereço,
A graça, o viço, a força sutilmente,
Deixaram-me; e, deixou-me indiferente,
Sem pressa, sem presteza, sem apreço...
E mesmo a luz do sol, quando alumia,
E aquece o meu corpo por completo,
Prefiro a luz da lua, à noite fria...
Pois esta é a realidade que é mais pura;
Não resta nada mais – nem um afeto –,
E o que me aguarda agora e a sepultura...
06/06/12