Lunáticamente poeta. (Replay)

Incandescente, indecente, indeciso

Impreciso, sem juizo, displicente,

Pano quente, o dente é de ciso

Sem aviso não entre, nem sente;

Pente fino ao piolho, se, presente;

Não comente o contexto, é preciso

Ler o aviso que o texto é demente,

Mente e confude a cabeça. É sorriso!

Paraiso? Coisa de Adão e Eva.

Movo o lápis no papel, quero conversa

Dito a peça pra que a letra se atreva

E nessa leva a poesia dê licença.

É rotina de um ser que canta e versa...

Conversa a letra certa e reversa...

Josérobertodecastropalácio

Os nós que eu desato me amarram,

Escarram nos desgostos que vomito

Fico aflito se as portas se escancaram

Ecoaram em meus abismos tantos gritos.

Esquisitos dias na desordem me amparam

Me condenaram a derramar o vinho tinto

Arisco monto estas cruzes que me amparam,

Me condenaram a momentos indistintos.

Um louco a mais pouco faz de diferença

Minha sentença é escrever o que não digo

E até me ligo nos fervores de tua crença

Tchau e bença que já vou pro meu abrigo...

Navego a poesia feito um prático!

Estático ando Céus... Sou lunático!

Josérobertodecastropalácio

Faz barulho o silencio que provoco

Pois me foco na palavra pelo avesso

E sai o verso sem assunto, meio louco

É sufoco pra achar o endereço.

Envaideço-me e não recebo o troco,

Faltou pouco e não fui para o congresso,

Não engesso meu saber que é tão pouco

Mas, mesmo rouco, meu tinir estala o verso.

Só confesso o que sei sobre o poema;

Sem algema o retrato se revela

Ela cede os atributos pro meu tema

E meu lema é pintá-la em minha tela.

Poesia! És a lira que me engraça...

Tudo passa mas não sais da minha praça.

Josérobertodecastropalácio

Obrigado Miguel Jacó, pela interação.

A SANDICE EM POESIA FICA BELA.

A sandice em poesia fica bela,

Incomoda aos tímpanos do leitor,

Como fosse negar-se uma donzela,

A transar com o namorado sedutor.

Cada verso desconexo tem um peso,

E na média o conjunto se equilibra,

As marolas convertem o desprezo,

É sensato admitirmos certas intrigas.

Nossos gostos são diversos inda bem,

Cada alma traz consigo um lampejar,

Não é crime denotar certo desdenho,

Desde que deixo outro manifestar-se.

Seja o fruto a resultante de uma flor,

As sementes podem redundar em dor.

Miguel Jacó

DE POETA E LOUCO...UM POUCO! Interação da Vera Feliz

Há quem diga que poeta é meio louco

Por teimar querendo o versar perfeito

Se de médico e de louco tens um pouco

Teus escritos são da causa o efeito!

Do âmago sai a rima.rica,bela

Ri-se o esteta,do poema que escreve

Solta ao vento,tal no mar a caravela

Sente no peito alegria ,embora breve.

A inspiração vem e vai-se num repente

Não perder o momento é sua sina

Vive o poeta numa constante vertente

tendo na pena a cruz que o vaticina

Bendito poeta.Ourives das palavras

Te eternizas,nos versos que lavras

Vera Feliz

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 23/07/2012
Reeditado em 24/07/2012
Código do texto: T3793462
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