O mundo está acabando!
Com muita envoltura, brilha o mundo;
Porventura, uma vez, do homem nobre!...
Passam nas vielas, rápidos segundos;
A hora grita, com o trabalhador pobre!...
De antemão, o futuro, não se descobre;
Mas se pressente, um orbe, todo imundo!...
Não há, quem por outras vias, o manobre;
Este é o fim da terra, ó, lugar moribundo!...
O ensejo deste céu esta vazio, sem canção!...
Universo de muita luta, inveja e destruição.
Perdi o lume há muito na estrada da guerra!...
Não tenho costume de chorar à-toa, amigo!...
Compartilho estes versos, tão tristes contigo!...
E andejo de novo na noite fria da terra!...
(Airton Ventania)