NOS BRAÇOS DA NOITE

Ovula sensações a noite ingrata,

Banhando de silêncios eternais

O sonho que ficou solvido à cata

Do túmulo templário do jamais.

Rosário das razões, a conta exata

Vai contra o vento, agride o mesmo cais

Em que se abraça a fúria que destrata

O descansar as velas desses ais.

Impulso cetinoso em céu brasil,

Moendo a madrugada descarnada,

O sol nessa planura é um fuzil

Mirado nos porões em que sou mudo:

Atira quando o tudo me tem nada.

Acerta quando o nada me tem tudo.