NECESSIDADE

Eu sou aquele que o tempo, sequer

quis estender a mão... Nem com nojo!

E trago intrínseco, estampado no bojo

essa necessidade que, pois é,

que me faz remoer, e que requer

de mim, uma atitude com arrojo!

Ou guardo minha angústia num estojo

para abrí-lo, talvez, em qualquer

dia, onde possa, por ventura, enfim

essa necessidade ter um fim

perante a minha inesquecível musa...

Mas, por enquanto, a vida prossegue

nesse marasmo todo, e assim se segue

às trôpegas, ilógica, confusa!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 22/07/2012
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