O CEMITÉRIO

No divagar da minha vã utopia,

Eu estava num mundo perfeito,

Sem perturbar-me a dor do peito,

A mesma que por dentro jazia.

A alma não estava quebrantada, pois...

O meu semblante estava altaneiro,

Gozando de um momento verdadeiro,

E entre flores estávamos nós dois.

Mas, à realidade voltei sem demora.

Volveram os momentos do agora,

E tu não passas de pó.

Neste cemitério encontro-me eu

Chorando por alguém que já morreu,

E vivo, caminharei só.

gfmiranda
Enviado por gfmiranda em 21/07/2012
Reeditado em 03/07/2024
Código do texto: T3790037
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.