Apenas sou
Sou devorada por essa dor pulsante
Sou pisoteada nesse caminho errante
Sou a duvida e o desespero ardente
Chicoteando a face e vertendo o pranto
Sou o sorriso torto do bêbado cambaleante
E sou também suas quedas constantes
Formando ferida aberta sem unguento e sem corantes
Passando pela vida sempre nauseante
Sou a folha seca numa arvore inútil
Pétalas duma flor sem perfume
E o choro da solidão, ciume
E sendo devorada se consome
A flor inútil , queda e pranto
Ferida aberta , queixume