SINFONIA MATINAL

O sanhaçu na fronde do arvoredo

Inaugura a manhã com o seu canto

E de outro galho, para meu espanto

O sabiá continua o lindo enredo...

A pipira arremessa sem ter medo!

O rouxinol responde a ela, enquanto

Emudecido, quieto no meu canto

Assisto a tudo, e de emoção, me quedo!

Mas de repente, cerram-se esses bicos

Calam-se por instantes, o sanhaçu

E o canto mavioso do tico-tico

Para uma breve pausa no festival!

Enquanto trina, misterioso, o uirapuru

Nesta estupenda sinfonia matinal!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 17/07/2012
Reeditado em 21/07/2012
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