SINFONIA MATINAL
O sanhaçu na fronde do arvoredo
Inaugura a manhã com o seu canto
E de outro galho, para meu espanto
O sabiá continua o lindo enredo...
A pipira arremessa sem ter medo!
O rouxinol responde a ela, enquanto
Emudecido, quieto no meu canto
Assisto a tudo, e de emoção, me quedo!
Mas de repente, cerram-se esses bicos
Calam-se por instantes, o sanhaçu
E o canto mavioso do tico-tico
Para uma breve pausa no festival!
Enquanto trina, misterioso, o uirapuru
Nesta estupenda sinfonia matinal!