COTIDIANO URBANO
Uma mendiga, é o que parecias,
Sem osso nem caroço pela rua...
Porém levada ao peito a mágoa tua
Em outro ser então transformarias...
Já foste de um palácio a princesa,
E frequentaste noites de glamour...
Aos sons da valsa antiga no abajur
Dormiste ao mais puro aconchego...
Apenas tens agora o teu passado,
E o teu glamour é um prato de comida,
Vives apenas... E apena ao lado
Encontras este copo de bebida.
E tudo então perdeste com o amado,
E o palácio vês adormecido...
(Romantismo urbano do século 21 x Romantismo bucólico do século 19)