FLOR DE VÉSPER
Tremendo no arrebol, flautim, cascata
fluida de mil Devas e algum pranto
da luz a flutuar, sutil, exata,
na linha sublimando o etéreo manto.
É um vago deitar-se no acalanto
da viva orquestração na serenata
que abraça sobre um Eco sacrossanto,
o turbilhão da noite mais ingrata.
É a gênese do beijo das estrelas
soando a emoção de enfim sabê-las
ao nácar do ultimato da beleza.
Das lácteas cadências luminares
que envolvem o aspergir dos novos ares,
e em tudo faz brotar a Natureza!