SONETO A UMA LINDA GARSONETE
Fingida de plebeia dentre as mesas
Com seu olhar doado em cortesia...
De ouro era a face, pra quem a via...
Ao corpo, empatavam-se as princesas...
Quão adorada ali pelos presentes
Que em cada olhar, em cada sentimento
Havia a emoção, o mesmo intento.
E ela trabalhava, simplesmente...
Passava nos estreitos corredores
No vaivém contínuo do serviço.
Nem via nos olhares os amores,
E em cada face a mancha do feitiço.
Algumas quase em pranto ao seu favor...
Mas ela se prestava ao compromisso.