IMAGO DEI
Aponta o dedo, nega, desconfia
Que atrás da porta, esconde-se a morada,
Mas que não pôde olhar, jamais olhada,
Trama a vida nos sais da alegoria.
Quer os óculos novos pra miopia,
Pois quando espera Ver, encontra o nada.
E quando sabe, cresce estatelada
A espuma que jamais se formaria.
Qual seria o patamar da mestra-imagem,
Se o degrau que conduz, tem a roupagem
E a mesma consistência do gás hélio?
Mas, se olhou por detrás do som escasso
Do tempo, da energética, do espaço,
Poderia revelar o que é O Velho?