Ausencia
Morre flor na ausência do amor.
Ao longe um canto de réquiem
Uma árida ária plena de dor.
Traduz a saudade de alguém.
Sobras de lembranças perdidas.
Remexidas nesta tarde vazia,
Voam pelas noites desiludidas,
Como aves vestidas de agonia.
Vivem pelos jardins sem portas,
Plantam esperanças pelo chão
Onde jazem as folhas mortas.
Adubação na terra de esperança,
Renova-se o milagre da floração,
Da primavera como uma aliança.
Toninho.