FINGIR DE VIVER. soneto- 181.

Vida de pobre sofrida e de pura enganação,

Fazer de conta que vive é a especialidade,

É feliz com quase nada e ainda tem emoção,

Precisa pular miúdo quando na necessidade.

Alimento inferior sempre esta em sua mesa,

E no meio mais humilde ele faz a sua festa,

Em nossa sociedade ele sempre é a presa,

Ter a sua fé em Deus única coisa que resta.

Morrer na fila do SUS parece ser sua sina,

Acreditar em políticos é sua maior ruína,

Pra ele carne de pescoço é filé acebolado.

Mora nas encostas de lugares rejeitados,

E nas maiores tragédias é ele o premiado,

Se exigir os direitos de enxerido é taxado.

Cosme B Araujo.

16/07/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 16/07/2012
Reeditado em 16/07/2012
Código do texto: T3781572
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.