Latifúndio virtual
Risco meu espaço na terra
Passo minha faca no solo
Ergo a cerca, que aferra
Meu limite, que é seu dolo
Este chão agora é meu
Minha raiz é a fronteira
Com a fé, ou com o ateu
Não misturo o que beira
Minha terra está marcada
Com meu nome está selada
Sou herdeiro necessário
Meu rincão, meu berçário
Botei meu sêmen e um grão
Colhi um filho e do dia o pão