DESERTO
Eu; cismando, no passo a passo, sempre só,
Perdido na enigmática imensidade,
Ao sabor do tempo, angustiado feito Jó,
O deserto está na densa intimidade.
Eu; semblante caído, envolvido pelo nó
Insustentável, indesatável da saudade,
Dunas imensas, moveis, propensas, pó,
Embaralhando a minha visibilidade.
Eu; despido de sonhos, vestido de desencanto,
Olhos de, entanto, um manto de tom cinzento,
Derramando um silencioso pranto.
Eu; incerto, concreto, deserto é o sentimento,
O sopro do vento é um melancólico canto,
É quase loucura na fissura do pensamento.
Eu; cismando, no passo a passo, sempre só,
Perdido na enigmática imensidade,
Ao sabor do tempo, angustiado feito Jó,
O deserto está na densa intimidade.
Eu; semblante caído, envolvido pelo nó
Insustentável, indesatável da saudade,
Dunas imensas, moveis, propensas, pó,
Embaralhando a minha visibilidade.
Eu; despido de sonhos, vestido de desencanto,
Olhos de, entanto, um manto de tom cinzento,
Derramando um silencioso pranto.
Eu; incerto, concreto, deserto é o sentimento,
O sopro do vento é um melancólico canto,
É quase loucura na fissura do pensamento.