RETALHANDO UM CORAÇÃO.soneto-180.
Quando a angustia de uma saudade nos vem,
Acabrunha-nos de uma vez sem hesitação,
Abate o interior sem importar-se com quem,
Como navalha afiada retalha-nos o coração.
Não há forte e nem coração que possa resistir,
Os golpes profundos desferidos pela saudade,
Mata aquele a quem de forma intensa atingir,
Até o que pondera acomete-se em insanidades.
Sofre sem querer pobre coração condoído,
Nada sara a dor de um amor não resolvido,
E a chaga desses cortes são difíceis saturar.
Essas feridas matam todos sem compaixão,
São dardos mortíferos cravados no coração,
E só podem ser curados se a saudade passar.
Cosme B Araujo.
16/07/2012.