RETALHANDO UM CORAÇÃO.soneto-180.

Quando a angustia de uma saudade nos vem,

Acabrunha-nos de uma vez sem hesitação,

Abate o interior sem importar-se com quem,

Como navalha afiada retalha-nos o coração.

Não há forte e nem coração que possa resistir,

Os golpes profundos desferidos pela saudade,

Mata aquele a quem de forma intensa atingir,

Até o que pondera acomete-se em insanidades.

Sofre sem querer pobre coração condoído,

Nada sara a dor de um amor não resolvido,

E a chaga desses cortes são difíceis saturar.

Essas feridas matam todos sem compaixão,

São dardos mortíferos cravados no coração,

E só podem ser curados se a saudade passar.

Cosme B Araujo.

16/07/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 16/07/2012
Reeditado em 28/08/2012
Código do texto: T3780574
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