DIÁLOGO COM A VIDA
Às vezes quero mirar outro alvo!
E me dizes não! E apontas minha seta
O destino a seguir, a minha meta
Que hei de atingir, embora tarde, calvo.
Às vezes quero seguir outra seta!
E me dizes não! E apontas qual o meu alvo
O porto aonde aportarei firme, salvo!
E farei uma carreira de menor poeta.
Às vezes sinto-me num desnorteio
Sem direção, sem bússola, sem freio
E esqueço que és feito um timoneiro
A guiar os meus passos como seta
porque me deste a honra de ser poeta
E desta prole ser o pioneiro.