DIÁLOGO COM A VIDA

Às vezes quero mirar outro alvo!

E me dizes não! E apontas minha seta

O destino a seguir, a minha meta

Que hei de atingir, embora tarde, calvo.

Às vezes quero seguir outra seta!

E me dizes não! E apontas qual o meu alvo

O porto aonde aportarei firme, salvo!

E farei uma carreira de menor poeta.

Às vezes sinto-me num desnorteio

Sem direção, sem bússola, sem freio

E esqueço que és feito um timoneiro

A guiar os meus passos como seta

porque me deste a honra de ser poeta

E desta prole ser o pioneiro.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 15/07/2012
Reeditado em 03/09/2015
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