FOLHAS VERDES

Ah! Verdes estão as folhas de minh’alma!

E, não menos sofridas por assim estarem;

Hoje elas pisam folhas úmidas e calmas;

Que fazem os ramos tão verdes, brotarem.

Agradecidas, das folhas pingam o sereno,

Que caem sobre as folhas que já morrem;

Ah! Coitado! Como eu seria tão pequeno,

Sem a gratidão que do meu peito escorre!

Bendigo as folhas que tão tristes morrem,

Aos pés da arvore onde o orvalho escorre,

Das verdes folhas, em mim tão renascidas;

Esperançosa brisa, suave, o meu peito toca,

Uma oração de adeus de minh’alma invoca,

Para as folhas que morrem em prol da vida.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 15/07/2012
Reeditado em 28/10/2012
Código do texto: T3778635
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