FOLHAS VERDES
Ah! Verdes estão as folhas de minh’alma!
E, não menos sofridas por assim estarem;
Hoje elas pisam folhas úmidas e calmas;
Que fazem os ramos tão verdes, brotarem.
Agradecidas, das folhas pingam o sereno,
Que caem sobre as folhas que já morrem;
Ah! Coitado! Como eu seria tão pequeno,
Sem a gratidão que do meu peito escorre!
Bendigo as folhas que tão tristes morrem,
Aos pés da arvore onde o orvalho escorre,
Das verdes folhas, em mim tão renascidas;
Esperançosa brisa, suave, o meu peito toca,
Uma oração de adeus de minh’alma invoca,
Para as folhas que morrem em prol da vida.