Soneto da poesia.

Tens me levado tão longe, cara poesia!

Tão longe, onde os homens não vão!

Mas ainda navego ao sabor da maresia

procurando um porto para atracar o coração!

Tens asas e adornos e fantasias

tens a vara dos desejos e ilusões

tens feitiços, poções e magias

que fazem ferver a alma das paixões!

E tens tanto ainda por desvendar

e tantas musas estão ainda por cantar

que não sei o que será de mim...

Empresta-me o teu poder de criação

deixa que eu toque a tua vara de condão

para que eu possa atingir esse fim...

Jacinto Valente
Enviado por Jacinto Valente em 11/02/2007
Reeditado em 17/02/2021
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