Soneto da primeira vez!

Segui com um longo olhar distante

a lágrima vã que molhou o teu seio,

despido das roupas e do vago receio

que antecedeu a magia deste instante...

Os teus braços, lânguidamente pousados

traduziam o sorriso adiado pela fadiga louca

e os teus olhos,tremulamente fechados

acompanhavam o murmurar rouco que tinhas na boca!

Acariciei o teu peito brando e sedoso

e ele arfou...Belo,contente e bondoso...

E feliz, tu te deitaste para amar!

E repetindo a busca pelo gozo,

reinventamos a magia de fantasiar,

e livres da dor, voltamos a namorar!

Jacinto Valente
Enviado por Jacinto Valente em 11/02/2007
Reeditado em 17/02/2021
Código do texto: T377755
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.