Êxtase
Quando me compartilhou o teu doce figo,
Um grito surdo é o obrigado que eu digo,
Todo meu juízo e razão ficam em rodízio,
Pois sou discípulo de Priapus e Dionísio.
Meu arco busca acertar a tua doce maçã,
Para conquistar de vez beleza tão louçã,
Mas tua castidade mostrada no arminho,
Revela a tantra trilhada no teu caminho.
A teia que denota dessa vida o samsara,
Aprisiona quem usa, mas também sara,
Pela mistura de prazer e dor que repara.
Vou ao nirvana e derrama a cornucópia,
Nessa hora meu chakra não é uma cópia;
A iluminação me leva viver essa utopia.