NO PALCO DA VIDA
Odir Milanez
Destoantes atores, tu e eu!
Não soubemos fingir nossos papéis.
No drama que o destino concebeu,
findamo-nos falazes menestréis.
O nosso melodrama só vigeu
enquanto às marcações fomos fiéis.
Do roteiro indo além, aconteceu:
terminamos cantores de cordéis.
Falseamos nos cantos nossas falas,
entoamos constâncias às alturas,
traímo-nos nas tramas e cabalas!
Voltas da vida ao palco, em poses puras,
pois pura te tornaste – é o que propalas,
mas para o impuro d’alma não há curas!
JPessoa/PB
12.07.2012
oklima
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