DOCES SONHOS
Sem ti, percorro gélidas paragens
No olhar, nem mesmo há tímida flamância
Tornou a vida vápida a distância
Mas sonho e vejo lúbricas imagens
Por teres essa mélica fragrância
São belas as oníricas viagens
Contigo erijo mágicas paisagens
Deleito-me na fúlgida elegância
Da seiva desses únicos instantes
Encerras nos teus ósculos vertentes
Encontro em ti recôndito o alimento
Nós dois, tal como indômitos amantes
Trocando afagos sôfregos e ardentes
Assim, construo o tórrido momento